Wednesday, January 25, 2006

Adeus bromidrose!

dias que me apeteci estalar os dedos e pôr em prática aquilo que nos fartamos de ver nos filmes e banda desenhada. Ultimamente há duas coisas futuristas que só desejava ter o poder de utilizar!

Uma delas é o tele-transporte...fechar os olhos, imaginar o sítio onde gostaria de estar neste momento, estalar o dedo e PLIM...heis que se fez ciência!

A outra refere-se às ciclodextrinas...alguém já ouviu falar nisto??? O meu ofício obriga-me a saber o que isto é. Química à parte, vou aqui "sucintar" a sua funcionalidade: absorver os maus cheiros! Não era um espectáculo???Cada vez que saio chego a casa com mais peso que o normal. Não, não estou a falar do peso da comida mas sim do peso do cheiro a tabaco, a fritos, a sei lá bem o quê...e ainda por cima, ultimamente saio com camadas de roupa, logo é multiplicar esses cheiros pela camisola interior, pela camisa, pela camisola e pelo casaco (já nem falo nas calças). E perguntam vocês:"E só agora é que reparas nisso?"Não...por acaso já tinha reparado, mas só agora é que me vejo a cuidar inteiramente da minha roupa e da roupa dos 5 a que se pode chamar o resto da família. Até me custa deitar umas meias para o cesto da roupa que já penso nas tarefas que vou ter, nos minutos a menos para fazer o que gosto. É que pensando bem uma meia dá trabalho! Começa logo pela tarefa de a tirar do pé:
1º) sentar-me na sanita e fazer a ginástica favorável a pegar na ponta da meia e esticá-la até fazer efeito fisga.
2º) Daí atira-se para o cesto, óbvio que falho sempre e tenho o trabalho de me levantar, caminhar até ao cesto, abaixar-me e deitar a meia no cesto.
3º)Tenho de levar o cesto da roupa para a lavandaria, chegar à lavandaria e separar a roupa por cores e fibras, e isto indica aqui um exercício mental relativamente cansativo, para já não falar das costas vergadas.
4º) colocar a meia na máquina, que implica colocar mais roupa juntamente com essa meia, colocar detergente no compartimento, mais amaciador, e depois vem a programação da lavagem.
5º) acaba o programa e vem a tarefa de tirar a meia da máquina, sacudi-la...sacudir outra vez a meia porque vem sempre toda enroscada...sacudir outra vez e pregar com mola e pô-la a secar. implicações?: vergar-me e esticar-me mais vezes que o normal, visto que a máquina é baixa e o entendal lá de casa é mais alto do que o que devia (é o que dá ser um homem a pregar um estendal). riscos?: cair do banquinho que arranjei para chegar ao estendal
6º) esperar que a meia seque para me esticar, tirá-la do estendal e atirá-la para o sítio da roupa seca pronta a ser dobrada e brunida (brunir=passar a ferro)...por mim! Mais uma vez falho...tenho de apanhar novamente a meia que cai vítima da minha má pontaria.
7º) hora de dobrar as meias...altura de procurar o par da meia...sobre isto nem vou comentar!

Após esta explicativa bem resumida do trabalho que dá uma meia...porque não fazermos uma corrente

"Ciclodextrinas Sim, trabalho escravo Não!"

Já agora, aplicávamos um anti-bacteriano jeitoso, não vá a bromidrose (popularmente conhecido como chulé) desaparecer e fica a micose dona e proprietária de uma meia por lavar e de um pé que dá mais trabalho do que o cabelo. Já imaginaramse lavra o cabelo implicásse passar por aquelas 7 tarefas árduas e duras? Bem, era desta que eu era apologistas da frase: é das carecas que eles mais gostam!

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