E quando uma receita corre mal...eis que nasce algo divinal denominado de : Capacete! A nova receita da Rosé:
- Uma Cobertura crocante de massa folhada em forma de meia-esfera;
- Uma deliciosa mistura de ovos moles com bocaditos de amêndoa torrada;
- Um recheio de chantily deliciosamente preparado com laminados de pêssego;
- Uma tentativa frustada de convencer a família a chamá-lo de La Bomb;
- Um baptismo declarado de CAPACETE!
Tuesday, March 28, 2006
Monday, March 27, 2006
Saldo semanal
A semana estive na Covilhã a dar umas aulitas lá num pólo da empresa onde trabalho. Aquilo por aqueles lados é mesmo muito bonito, uma paisagem mesmo espectacular, um verde diferente...mas o movimento...o movimento...Onde é que ele está? Aquilo é pior que o Alentejo, primeiro que se mexam é um dia de juízo, a inércia é um factor constante do dia-a-dia dos "covilhenses". Mas o saldo foi bastante positivo, as aulas correram bem e jantei ainda melhor!
A vinda para o Norte foi um pouco atribulada. Além do mau tempo que fazia, o encosto do meu assento tinha uma certa inclinação que me desagardou bastante em quase 5 horas de viagem...o assento estava inclinado para a frente!!! "Ai as minhas costas..."
Mas vá lá que o percurso de volta foi pelo Douro: Castro Daire, Lamego; Régua...lindo, lindo, lindo!
No Sábado foi mais uma aventura Tunáfica, com uma actuação para os pais da Espanca que faziam 25 anos de casados.
No Domingo almocei com os inesqueciveis pitos e pitas ...para variar cheguei atrasada a um encontro marcado por eles....mas desta vez a culpa não foi minha: foi do relógio que não se adiantou 1 hora :P
A vinda para o Norte foi um pouco atribulada. Além do mau tempo que fazia, o encosto do meu assento tinha uma certa inclinação que me desagardou bastante em quase 5 horas de viagem...o assento estava inclinado para a frente!!! "Ai as minhas costas..."
Mas vá lá que o percurso de volta foi pelo Douro: Castro Daire, Lamego; Régua...lindo, lindo, lindo!
No Sábado foi mais uma aventura Tunáfica, com uma actuação para os pais da Espanca que faziam 25 anos de casados.
No Domingo almocei com os inesqueciveis pitos e pitas ...para variar cheguei atrasada a um encontro marcado por eles....mas desta vez a culpa não foi minha: foi do relógio que não se adiantou 1 hora :P
Monday, March 20, 2006
Mary...JoPum!
Na sexta-feira foi um dia importante mas ao mesmo tempo esquisito para mim...Poderia dizer que me sinto contente por ter conhecido uma das mais estranhas/diferentes/únicas pessoas à face da terra, de ser sua Madrinha da tuna, de ter sido sua inquilina, de ter partilhado alguns segredos, desenhos e noites de queima...sinto-me mesmo lisonjeada, mas afinal isto não é uma despedida!
A MaryJo actuou com a TUNAFE pela última vez. Não é que eu já não tivesse actuado ao lado de elementos que actuavam pela última vez, mas agora foi diferente. Agora a pessoa que agora enchia de água os seus olhos azuis é minha afilhada...não sei se a minha nostalgia é por eu ser mais velha, se é por eu agora acordar e me perguntar se devo continuar, se agora as coisas farão menos sentido..ou até mais, quem sabe!
Vou deixar o tempo correr, vou agir com garra nesta tuna que me dá vida e energia, vou estar lá quando precisarem de mim...e tambem quando eu não fizer falta nenhuma...
Deixo aqui um Beijão enorme à MaryJo e boa Sorte miúda! Mereces ser feliz e nem penses que te safas assim tão facilmente desta malucas :)
Foi muito bom partilhar tanta coisa contigo...E vê se me mandas um desenho!
A MaryJo actuou com a TUNAFE pela última vez. Não é que eu já não tivesse actuado ao lado de elementos que actuavam pela última vez, mas agora foi diferente. Agora a pessoa que agora enchia de água os seus olhos azuis é minha afilhada...não sei se a minha nostalgia é por eu ser mais velha, se é por eu agora acordar e me perguntar se devo continuar, se agora as coisas farão menos sentido..ou até mais, quem sabe!
Vou deixar o tempo correr, vou agir com garra nesta tuna que me dá vida e energia, vou estar lá quando precisarem de mim...e tambem quando eu não fizer falta nenhuma...
Deixo aqui um Beijão enorme à MaryJo e boa Sorte miúda! Mereces ser feliz e nem penses que te safas assim tão facilmente desta malucas :)
Foi muito bom partilhar tanta coisa contigo...E vê se me mandas um desenho!
Tuesday, March 14, 2006
AMO o Norte!!!
Enviaram-me este texto de Miguel Esteves Cardoso que acho divinal, demonstra aquilo que nunca consegui exprimir por palavras..talvez porque nunca tenha dado por ela que o Norte é mesmo assim: Norte!
"Primeiro , as verdades. O Norte é mais Português que Portugal. As minhotas são as raparigas mais bonitas do País. O Minho é a nossa província mais estragada e continua a ser a mais bela. As festas da Nossa Senhora da Agonia são as maiores e mais impressionantes que já se viram.
Viana do Castelo é uma cidade clara. Não esconde nada. Não há uma Viana secreta. Não há outra Viana do lado de lá. Em Viana do Castelo está tudo à vista. A luz mostra tudo o que h á para ver. É uma cidade verde-branca. Verde-rio e verde-mar, mas branca. Em Agosto até o verde mais escuro, que se vê nas árvores antigas do Monte de Santa Luzia, parece tornar-s e branco ao olhar. Até o granito das casas. Mais verdades. No Norte a comida é melhor. O vinho é melhor. O serviço é melhor. Os preços são mais baixos. Não é difícil entrar ao calhas numa taberna, comer muito bem e pagar uma ninharia. Estas são as verdades do Norte de Portugal. Mas há uma verdade maior. É que só o Norte existe. O Sul não existe. As partes mais bonitas de Portugal, o Alentejo, os Açores, a Madeira, Lisboa, et caetera, existem sozinhas. O Sul é solto. Não se junta. Não se diz que se é do Sul como se diz que se é do Norte. No Norte dizem-se e orgulham-se de se dizer nortenhos. Quem é que se identifica como sulista? No Norte, as pessoas falam mais no Norte do que todos os portugueses juntos falam de Portugal inteiro.
Os nortenhos não falam do Norte como se o Norte fosse um segundo país. Não haja enganos. Não falam do Norte para separá-lo de Portugal. Falam do Norte apenas para separá-lo do resto de Portugal. Para um nortenho, há o Norte e há o Resto. É a soma de um e de outro que constitui Portugal. Mas o Norte é onde Portugal começa. Depois do Nort e, Portugal limita-se a continuar, a correr por ali abaixo. Deus nos livre, mas se se perdesse o resto do país e só ficasse o Norte, Portugal continuaria a existir. Como país inteiro. Pátria mesmo, por muito pequenina. No Norte. Em contrapartida, sem o Norte, Portugal seria uma mera região da Europa. Mais ou menos peninsular, ou insular. É esta a verdade. Lisboa é bonita e estranha mas é apenas uma cidade. O Alentejo é especial mas ibérico, a Madeira é encantadora mas inglesa e os Açores s ão um caso à parte.
Em qualquer caso, os lisboetas não falam nem no Centro nem no Sul - falam em Lisboa. Os alentejanos nem sequer falam do Algarve - falam do Alentejo. As ilhas falam em si mesmas e naquela entidade incompreensível a que chamam, qual hipermercado de mil misturadas, Continente.
No Norte, Portugal tira de si a sua ideia e ganha corpo. Está muito estragado, mas é um estragado português, semi-arrependido, como quem não quer a coisa. O Norte cheira a dinheiro e a alecrim. O asseio não é asséptico - cheira a cunhas, a conhecimentos e a arranjinho. Tem esse defeito e essa verdade. Em contrapartida, a conservação fantástica de (algum) Alentejo é impecável, porque os alentejanos são mais frios e conservadores (menos portugueses) nessas coisas.
O Norte é feminino. O Minho é uma menina. Tem a doçura agreste, a timidez insolente da mulher portuguesa. Como um brinco doirado que luz numa orelha pequenina, o Norte dá nas vistas sem se dar por isso.
As raparigas do Norte têm belezas perigosas, olhos verdes-impossíveis, daqueles em que os versos, desde o dia em que nascem, se põem a escrever-se sozinhos. Têm o ar de quem pertence a si própria. Andam de mãos nas ancas. Olham de frente. Pensam em tudo e dizem tudo o que pensam. Confiam, mas não dão confiança. Olho para as rapa rigas do meu país e acho-as bonitas e honradas, graciosas sem estarem para brincadeiras, bonitas sem serem belas, erguidas pelo nariz, seguras pelo queixo, aprumadas, mas sem vaidade. Acho-as verdadeiras. Acredito nelas. Gosto da vergonha delas, da maneira como coram quando se lhes fala e da maneira como podem puxar de um estalo ou de uma panela, quando se lhes falta ao respeito.
Gosto das pequeninas, com o cabelo puxado atrás das orelhas, e das velhas, de carrapito perfeito, que têm os olhos endurecidos de quem passou a vida a cuidar dos outros. Gosto dos brincos, dos sapatos, das saias. Gosto das burguesas, vestidas à maneira, de braço enlaçado nos homens. Fazem-me todas medo, na maneira calada como conduzem as cerimónias e os maridos, mas gosto delas. São mulheres que possuem; são mulheres que pertencem.
"Primeiro , as verdades. O Norte é mais Português que Portugal. As minhotas são as raparigas mais bonitas do País. O Minho é a nossa província mais estragada e continua a ser a mais bela. As festas da Nossa Senhora da Agonia são as maiores e mais impressionantes que já se viram.
Viana do Castelo é uma cidade clara. Não esconde nada. Não há uma Viana secreta. Não há outra Viana do lado de lá. Em Viana do Castelo está tudo à vista. A luz mostra tudo o que h á para ver. É uma cidade verde-branca. Verde-rio e verde-mar, mas branca. Em Agosto até o verde mais escuro, que se vê nas árvores antigas do Monte de Santa Luzia, parece tornar-s e branco ao olhar. Até o granito das casas. Mais verdades. No Norte a comida é melhor. O vinho é melhor. O serviço é melhor. Os preços são mais baixos. Não é difícil entrar ao calhas numa taberna, comer muito bem e pagar uma ninharia. Estas são as verdades do Norte de Portugal. Mas há uma verdade maior. É que só o Norte existe. O Sul não existe. As partes mais bonitas de Portugal, o Alentejo, os Açores, a Madeira, Lisboa, et caetera, existem sozinhas. O Sul é solto. Não se junta. Não se diz que se é do Sul como se diz que se é do Norte. No Norte dizem-se e orgulham-se de se dizer nortenhos. Quem é que se identifica como sulista? No Norte, as pessoas falam mais no Norte do que todos os portugueses juntos falam de Portugal inteiro.
Os nortenhos não falam do Norte como se o Norte fosse um segundo país. Não haja enganos. Não falam do Norte para separá-lo de Portugal. Falam do Norte apenas para separá-lo do resto de Portugal. Para um nortenho, há o Norte e há o Resto. É a soma de um e de outro que constitui Portugal. Mas o Norte é onde Portugal começa. Depois do Nort e, Portugal limita-se a continuar, a correr por ali abaixo. Deus nos livre, mas se se perdesse o resto do país e só ficasse o Norte, Portugal continuaria a existir. Como país inteiro. Pátria mesmo, por muito pequenina. No Norte. Em contrapartida, sem o Norte, Portugal seria uma mera região da Europa. Mais ou menos peninsular, ou insular. É esta a verdade. Lisboa é bonita e estranha mas é apenas uma cidade. O Alentejo é especial mas ibérico, a Madeira é encantadora mas inglesa e os Açores s ão um caso à parte.
Em qualquer caso, os lisboetas não falam nem no Centro nem no Sul - falam em Lisboa. Os alentejanos nem sequer falam do Algarve - falam do Alentejo. As ilhas falam em si mesmas e naquela entidade incompreensível a que chamam, qual hipermercado de mil misturadas, Continente.
No Norte, Portugal tira de si a sua ideia e ganha corpo. Está muito estragado, mas é um estragado português, semi-arrependido, como quem não quer a coisa. O Norte cheira a dinheiro e a alecrim. O asseio não é asséptico - cheira a cunhas, a conhecimentos e a arranjinho. Tem esse defeito e essa verdade. Em contrapartida, a conservação fantástica de (algum) Alentejo é impecável, porque os alentejanos são mais frios e conservadores (menos portugueses) nessas coisas.
O Norte é feminino. O Minho é uma menina. Tem a doçura agreste, a timidez insolente da mulher portuguesa. Como um brinco doirado que luz numa orelha pequenina, o Norte dá nas vistas sem se dar por isso.
As raparigas do Norte têm belezas perigosas, olhos verdes-impossíveis, daqueles em que os versos, desde o dia em que nascem, se põem a escrever-se sozinhos. Têm o ar de quem pertence a si própria. Andam de mãos nas ancas. Olham de frente. Pensam em tudo e dizem tudo o que pensam. Confiam, mas não dão confiança. Olho para as rapa rigas do meu país e acho-as bonitas e honradas, graciosas sem estarem para brincadeiras, bonitas sem serem belas, erguidas pelo nariz, seguras pelo queixo, aprumadas, mas sem vaidade. Acho-as verdadeiras. Acredito nelas. Gosto da vergonha delas, da maneira como coram quando se lhes fala e da maneira como podem puxar de um estalo ou de uma panela, quando se lhes falta ao respeito.
Gosto das pequeninas, com o cabelo puxado atrás das orelhas, e das velhas, de carrapito perfeito, que têm os olhos endurecidos de quem passou a vida a cuidar dos outros. Gosto dos brincos, dos sapatos, das saias. Gosto das burguesas, vestidas à maneira, de braço enlaçado nos homens. Fazem-me todas medo, na maneira calada como conduzem as cerimónias e os maridos, mas gosto delas. São mulheres que possuem; são mulheres que pertencem.
As mulheres do Norte deveriam mandar neste país. Têm o ar de que sabem o que estão a fazer. Em Viana, durante as festas, são as senhoras em toda a parte. Numa procissão, numa barraca de feira, numa taberna, são elas que decidem silenciosamente. Trabalham três vezes mais que os homens e não lhes dão importância especial. Só descomposturas, e mimos, e carinhos. O Norte é a nossa verdade. Ao princípio irritava-me que todos os nortenhos tivessem tanto orgulho no Norte, porq ue me parecia que o orgulho era aleatório. Gostavam do Norte só porque eram do Norte. Assim também eu. Ansiava por encontrar um nortenho que preferisse Coimbra ou o Algarve, da maneira que eu, lisboeta, prefiro o Norte. Afinal, Portugal é um caso muito sério e compete a cada português escolher, de cabeça fria e coração quente, os seus pedaços e pormenores.
Depois percebi. Os nortenhos, antes de nascer, já escolheram. Já nascem escolhidos. Não escolhem a terra onde nascem, seja Ponte de Lima ou Amarante, e apesar de as defenderem acerrimamente, põem acima dessas terras
a terra maior que é o "O Norte". Defendem o "Norte" em Portugal como os Portugueses haviam de defender Portugal no mundo. Este sacrifício c olectivo, em que cada um adia a sua pertença particular -
o nome da sua terrinha - para poder pertencer a uma terra maior, é comovente. No Porto, dizem que as pessoas de Viana são melhores do que as do Porto. Em Viana, dizem que as festas de Viana não são tão autênticas como as
de Ponte de Lima.
Em Ponte de Lima dizem que a vila de Amarante ainda é mais bonita. O Norte não tem nome próprio. Se o tem não o diz. Quem sabe se é mais Minho ou Trás-os-Montes, se é litoral ou interior, português ou galego? Parece vago. Mas não é. Basta olhar para aquelas caras e para aquelas casas, para as árvores, para os muros, ouvir aquelas vozes, sentir aquelas mãos em cima de nós, com a terra a tremer de tanto tambor e o céu em fogo, para adivinhar.
O nome do Norte é Portugal. Portugal, como nome de terra, como no m e de nós todos, é um nome do Norte. Não é só o nome do Porto. É a maneira que têm de dizer "Portugal" e "Portugueses". No Norte dizem-no a toda a hora, com a maior da s naturalidades. Sem complexos e sem patrioteirismos. Como se fosse só um nome. Como "Norte". Como se fosse assim que chamassem uns pelos outros. Porque é que não é assim que nos chamamos todos? "
Friday, March 10, 2006
Fui má...
com um "Senhor Engenheiro" que me chateia e irrita profundamente e sempre que pode aborda-me com assuntos de trabalho na hora de almoço - o que eu d-e-t-e-s-t-o!!! Esta semana lá voltou ele à carga e reparei que no prato dele estava um cabelo enfiado no puré. Pensei mais que duas vezes e acabei por deixá-lo comer o cabelo numa garfada de puré...ihihihih. Ao que parece, ele ainda continua vivo :P
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